segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

all about love

Era como se fosse a primeira vez que te via, mas não senti o mesmo frio na barriga...
Apesar de sentir minhas pernas tremulas e a palma das mãos suando, sentia-me estranhamente tranqüila.
Olhava no fundo dos seus olhos e você também mirava profundamente os meus. Falava-te qualquer coisa com uma vontade intrigante de engolir seus lábios, seu corpo... Tomamos ao todo, 6 cervejas, e eu ainda me sentia bem, apesar da descontrolada vontade de urinar... Meu celular toca 1,2,3 vezes, atendo na sua frente. Combino a madrugada com a vontade que você dividisse-a comigo.
Entramos naquela sala, escura, propicia. Pensei "tenho que manter a postura". E cada minuto ficava mais difícil. Até que você adormeceu, deitado em meus braços, segurando minha mão. Sentia sua respiração quente e ofegante no meu ombro e aquela sensação me submetia tudo àquilo que tinha medo de sentir de novo.
Meu celular toca, eu me levanto e me dirijo para fora da sala e ao fundo escuto: “aonde você vai?”. Eu não respondo e simplesmente saio. Quando retorno, digo apenas que meu celular tocou.
Você ainda sente sono, eu sedo a você meu ombro novamente e você novamente pega minha mão, sinto um aperto forte.
Você desperta, te abraço e te dou um beijo na testa.

Eu sempre te respeitei, e por mais distante que estivesse, era por você que eu zelava todas as noites mal dormidas, pois sentia que você não estava bem. A única coisa que queria era vê-lo sorrir novamente. Sentia que suas desilusões iriam acabar com você, mas não iria me meter em sua vida, uma vez que poderia me machucar também, além disso, você precisava tomar um tapa forte da vida para acordar. Lutei contra minhas dores e coloquei sal nas feridas. Não foi fácil saber que você ainda sofria por alguém que não se importa com seu bem estar, mas me mantive lúcida, você não iria me derrubar, porque estou cada dia mais forte.
Quando disse: “conte comigo”, não é da boca pra fora, só eu sei que posso te ajudar e você sabe bem o quanto precisa da minha ajuda.
Estou disposta a estender a mão sempre que precisar e você poderá puxar o braço e o resto do corpo. Acima de tudo, sou sua amiga, irmã, companheira...

Saímos. Você estava com fome. E você ainda aposta que a banana nanica é a menor, só porque o nome é “NANICA”. E eu ganho a aposta. Ganho um jantar e mais um momento com você. Vamos a um bar, começa a chover e me lembro que não tenho mais dinheiro na carteira, que precisava achar um banco. Minha cabeça dói. Vamos, os dois na chuva, eu encharcada e você rindo de mim que ainda ia pra balada naquele estado. Mas tudo bem, eu não ligo pra isso. Ligo somente praquele momento, que pra mim é sublime. Você diz “preciso ir embora”, e eu digo: “vá!” e te abraço dizendo: “ não vá!”.
Nos olhamos e você me pergunta se era aquilo que eu estava esperando e me beija... foram mais de 5 minutos, que por mim não teriam terminado. E eu respondo: “aposto que você também queria”. Você diz: “se eu não quisesse não teria feito, o grande problema é: será que não podemos ficar sem isso? Pela nossa amizade?” Eu digo: “nossa amizade já acabou? Porque não me lembro de ter colocado um fim nela”. Você sorri, e seu sorriso é lindo, ele me deixa tonta e minhas pernas voltam a tremer quando você diz “preciso ir, tchau”. E eu ando sem olhar pra trás, sem saber exatamente o que eu senti naquele momento, naquele beijo. Simplesmente sigo em frente, vou me encontrar com o resto da minha noite. E estou sorrindo, como sempre, mas feliz como nunca.

Talvez você nunca saiba disso, talvez um dia eu te mostre... A única coisa que posso dizer é que sou trouxa e nunca sairei do seu lado e isso eu te prometo mesmo sem você saber. Ain't no mountain high enough, Ain't no valley low enough, Ain't no river wide enough, To keep me from getting to you… My love is alive, Way down in my heart, Although we are miles apart, If you ever need a helping hand, I'll be there on the double, Just as fast as I can.
E ainda falo sem medo de errar: eu amo você.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Detalhes tão pequenos de nós dois...
    Tenho um texto muito parecido, mas esse não tenho coragem de postar rs.
    Amei

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